Bancos estão mais rigorosos para liberar crédito para compra de carros
Bancos estão mais rigorosos para liberar crédito para compra de carros
Não está nada fácil para o consumidor conseguir financiamento para comprar carro novo. Os bancos estão mais rigorosos na hora de liberar crédito. Desde o início do ano, as vendas estão em queda.
A troca de carro deu trabalho. Só depois de rever as contas e juntar um dinheiro, Janaina conseguiu o financiamento.
“Eu tive que dar entrada para poder conseguir o credito. Anteriormente, a gente comprava carro até sem entrada e parcelava 100% e parcelava em até 60 vezes”, conta Janaína Pereira Braz, empresária.
O gerente de vendas Enias Pimenta confirma que os bancos estão mais exigentes. Solicitam mais documentação dos clientes e, mesmo assim, a aprovação muitas vezes não sai.
“O cliente sempre chega com aquela expectativa que vai dar tudo certo, às vezes se frustram quando chega para passar o credito, o cadastro e não é aprovado”, afirma Enias Pimenta, gerente de vendas.
Os números do Banco Central mostram que está mesmo mais difícil conseguir crédito para a compra de carros e motos. Neste tipo de empréstimo, a taxa média de juros, subiu de 22,7% ao ano, em janeiro para 23% em junho.
E a quantidade de novos financiamentos vem caindo mês a mês. No primeiro mês do ano, eles somavam oito R$ 8,4 bilhões. Em junho: R$ 6,8 bilhões.
A maior queda foi de maio para junho – quase 11%.
As instituições financeiras adotaram critérios mais restritivos para combater a inadimplência, que passou a recuar. Atingiu 4,9% em junho, em comparação aos 6% registrados no mesmo mês do ano passado.
No fim de junho, preocupado com a forte queda das vendas, o governo prorrogou mais uma vez o IPI reduzido. Uma medida que, segundo analistas, ainda é insuficiente diante da alta taxa de juros praticada nos financiamentos para compra de automóveis.
O economista Alexandre Porsse diz que as desonerações de IPI têm gerado pouco impacto no crescimento da economia. Segundo ele, vai ser difícil aquecer o mercado de vendas de automóveis, porque muitas famílias já compraram novos veículos nos últimos meses.
“O setor automobilístico está expressando esse momento de maneira bem peculiar. Houve um ritmo de crescimento nos anos anteriores grande, mas agora há uma certa desaceleração. Isso é natural pelo próprio tipo de bem que esse setor produz. Um bem durável não é algo que as famílias vão estar adquirindo a cada dois, três anos”, destaca Alexandre Porsse, professor do departamento de Economia da UFPR.
Via G1
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