82018mar

Carros podem pegar fogo por falta de manutenção

Carros podem pegar fogo por falta de manutenção

Temos visto com alguma frequência carros se incendiando em ruas e avenidas das cidades. Não tenho a menor dúvida que a falta de manutenção preventiva pode ser responsável pela maioria dos incidentes, basta lembrar que nos municípios onde tivemos a inspeção veicular obrigatória esses fatos eram raros.

O momento financeiramente desfavorável somado ao desleixo de alguns motoristas favorece o surgimento de mais carros quebrados e incendiados nas ruas.

Carros com mais de quinze anos são os mais vulneráveis
Um carro seminovo pode pegar fogo? Pode, mas a maioria dos incêndios ocorrem em veículos com mais de 15 anos, aqueles em que as peças por onde o combustível percorre estão muito ressecadas. A própria vibração do carro provoca vazamento em mangueiras, tanques, bocais e conectores.

Outro vilão desta história é a gasolina adulterada. Veículos mais antigos não previam que um dia teríamos solventes de borracha misturado na gasolina, esses contaminantes diminuem drasticamente a vida útil das peças envolvidas com o combustível, quer um exemplo?

Quantas pessoas você conhece que já tiveram que substituir uma boia do tanque de combustível ou mesmo a própria bomba de combustível? Pois é, não é chatice de mecânico, carro que não faz revisão é uma caixinha de surpresas, muitas vezes ele te deixa na mão sem te avisar.

Você pode estar pensando: meu carro é muito velho, não dá para fazer tudo que ele precisa! Eu entendo, deixe a pintura de lado, os acabamentos internos, e foque nos itens de segurança, faça uma visita ao seu mecânico e solicite que ele faça uma vistoria nos seguintes itens:

1) Verifique todos os chicotes elétricos que saem do alternador, caixa de relés, caixa de fusível e bateria, refaça aqueles que tiverem descascados e com as conexões aparentes. Verifique sinais de derretimento nas conexões do alternador.

2) Aproveite e, com uma lanterna, examine sinais de derretimento ou queimado nas caixas de relé e de fusível, são indicadores de superaquecimento que devem ser investigados pelo seu mecânico. Teste o alternador quanto a sobrecarga.

3) Verifique a tubulação que entra e sai do tanque, principalmente no trecho em que ela percorre dentro do compartimento do motor e veja se identifica sinais de ressecamento, como trincas ou mudança da coloração.

4) Cuidado na instalação de acessórios principalmente aqueles que demandam mais corrente da bateria como módulo de som, farol de milha e ar-condicionado.

5) Todo e qualquer cheiro de combustível deve ser investigado, os pontos mais comuns de vazamento são: conexões com o filtro de combustível, o reservatório da partida frio, a tampa do conjunto da bomba de combustível (costuma ficar em baixo do assento do banco traseiro), nas mangueiras de alimentação e retorno próximas à flauta de distribuição (dentro do compartimento do motor). O sistema de alimentação é pressurizado, portanto aqui não é lugar de adaptações, toda e qualquer manutenção deve ser feita por um profissional qualificado, com peças específicas para o sistema de alta pressão e resistente a produtos derivados de petróleo e de etanol. Um erro de montagem pode pulverizar combustível em todo seu motor, e tem mais, se seu carro pegar fogo e o seguro constatar que existia uma adaptação qualquer, ele terá o direito de não ressarcir os prejuízos.

Por último e não menos importante, existe na internet um tal “Kit de vapor de combustível”, que tem por objetivo economizar combustível, além de não produzir nenhum resultado atestado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) ou por qualquer outra entidade certificadora, a instalação, sem qualquer dispositivo de segurança, põe em risco o motorista e os ocupantes do veículo. É uma invenção caseira que atrai pessoas em busca de soluções mágicas, sem qualquer embasamento teórico.


Fonte: G1

Deixe seu comentário

Your email address will not be published. Required fields are marked *