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Cemitério de aço: histórias de carros acidentados

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Cemitério de aço: histórias de carros acidentados


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Já pensou que cada veículo acidentado tem uma história diferente? É justamente esse o mote de uma campanha idealizada pela Seguradora Líder-DPVAT e que sensibilizou milhares de pessoas na Internet. A peça reúne breves relatos sobre o trágico desfecho de veículos retorcidos que acabaram em ferros-velhos.

A propaganda protagonizada pelo policial rodoviário Wilson Martines mostra que muitas vezes a distração ao volante, não raramente provocada pelo uso do celular, ou a combinação de álcool e direção, pode provocar um final muito diferente do programado em uma tarde de lazer com a família, no retorno de uma festa ou qualquer outra situação em que o carro seria o condutor para lugares de plena satisfação.

Embora impactante, a campanha leva a refletir que a dor de um acidente, que tem entre seus personagens não só as vítimas sepultadas, mas também familiares que vão carregar o sentimento de vazio da ausência de seu ente, também paira sobre um cemitério de carros.

Confira o vídeo da campanha:

Em um dos pontos da campanha, um depoimento dramático chama a atenção. O dono do ferro-velho onde a ação é ambientada, Ivan Rangel de Souza, conta que foi uma das vítimas da violência no trânsito. “Eu passei por um acidente e perdi minha esposa. Aqui a gente fica sabendo de histórias em que o carro que chega destruído foi envolvido em acidente por causa de motoristas que beberam. Direção e álcool não combina”, avisa.

Para Rodolfo Alberto Rizzotto, coordenador do Programa SOS Estradas, a batalha contra a “chacina sobre rodas” vai além das ações das autoridades. “A verdade é que a engrenagem do trânsito é feita de gente, de seres humanos, e nós somos senhores do nosso destino. Somos nós que controlamos o volante e que podemos definir onde vamos chegar. Infelizmente, estamos viajando muito mais na direção do cemitério dos carros do que para o horizonte da vida. Mas podemos mudar a direção. Só depende de nós!”.

Imprudência
Cerca de 300 mil pessoas dirigem sob efeito de bebida alcoólica diariamente, segundo o Ministério da Saúde. Os números são alarmantes e demandam ações do setor público, da iniciativa privada e de entidades sociais envolvidas com o trânsito.

Dos acidentes associados ao consumo de bebida alcoólica no Brasil, 92% são provocados por homens, indica estudo recém-divulgado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP). A maior parte (79,3%) é de baixa renda e não concluiu o ensino médio (52,4%).

Os impactos dos acidentes envolvendo álcool não se limitam a saúde das vítimas. Os custos sociais e econômicos também são relevantes para o país. Em 2014, 172.780 pessoas foram internadas vítimas do trânsito.  Entre 2010 e 2013, ocorreram mais de 313 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrentes do alcoolismo. São gastos, em média, cerca de R$ 60 milhões por ano com pessoas dependentes do álcool.

Fonte: Radar Nacional 

O artigo: Cemitério de aço: histórias de carros acidentados, também pode ser encontrado no portal: IN Trânsito.