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Cinto no banco de trás é ignorado por 53%

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Cinto no banco de trás é ignorado por 53%

Pesquisa realizada pela Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) em dezembro de 2014 revela que 53% dos passageiros assumem não usar cinto de segurança no banco traseiro. O levantamento foi realizado nas 45 rodovias que a concessionária administra e revela que 15% dos passageiros não usam o cinto no banco da frente. Outros 13% chegam a trafegar sem o equipamento instalado no automóvel.

Em Limeira, o desrespeito ao uso do cinto no banco traseiro se confirma. Condutores revelam que não costumam checar se as pessoas do banco de trás estão utilizando. Alguns nem lembram se os equipamentos estão guardados embaixo dos bancos traseiros pela falta de costume do uso do acessório. É o caso do estudante Henrique Aparecido de Oliveira, 19 anos, que tem apenas um ano de carta. “Não costumo usar e nem lembrar as pessoas de colocarem o cinto atrás. Mas na frente, não saio de casa sem colocá-lo”, diz.

O mesmo diz o também estudante Marcos Aurélio da Silva, 20. Ele ressalta que não se lembra de pedir para as pessoas do banco de trás colocarem o cinto. “Quando eu ando no carro de alguém, também não me lembro de colocar”, confessa.

Outro que tem o mesmo hábito de esquecer a necessidade dos cintos de trás é o auxiliar de dentista Alexandre da Costa, 44. Ele admite que nem mesmo o cinto do banco do motorista lembra-se de colocar algumas vezes, mesmo sabendo do risco de multas por agentes de trânsito e policiais rodoviários. “Sei que é importante utilizar o cinto, mas, geralmente, a gente sente mais necessidade na pista e no banco da frente. O banco de trás parece que é mais seguro, por ter os bancos da frente como se estivessem protegendo. Mas sei que não é bem assim”, opina.

Além de representar risco de vida, a falta do uso do cinto também rende multa. Pelo Código Brasileiro de Trânsito, a infração é considerada grave e o condutor perde cinco pontos na carteira, além de pagar R$ 127,69 por cada passageiro sem cinto.

Importância

Para o professor de Transporte e Geotecnia da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Carlos Alberto Bandeira Guimarães, utilizar o cinto no banco traseiro deveria ser um hábito tão comum quanto nos bancos dianteiros. “A função do cinto, complementada pelo airbag, é impedir os corpos de se projetarem para frente, evitando traumas violentos ou mesmo ser jogado para fora do veículo. É item de segurança na frente e atrás do carro”, explica.

Guimarães ressalta que, antigamente, o número de acidentes graves ou fatais era maior, considerando a não obrigatoriedade do cinto. “Atualmente, o cinto salva muitas vidas. O banco de trás também deve ser lembrado, afinal, também é preciso proteger as pessoas que andam como passageiros no banco de trás”, ressalta.

O professor também chama a atenção para a necessidade de se fazer programas de conscientização para o uso do cinto, considerando que um acidentado do trânsito acaba gerando prejuízo ao SUS (Sistema Único de Saúde). “A pessoa que se protege não só faz bem a si como também libera vagas de atendimento de emergência a outras que possuem doenças e precisam de atendimento”, explica.

Portal do Trânsito

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