CNH – Carteiras de motorista ficarão R$ 300 mais caras em julho
CNH – Carteiras de motorista ficarão R$ 300 mais caras em julho
Nesta data entra em vigor a obrigatoriedade do simulador de direção em todas as autoescolas
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vai custar mais caro a partir do dia 1º de julho. O aumento será em média de R$ 300, isto por que a partir desta data entra em vigor a obrigatoriedade do simulador de direção em todas as autoescolas. O aparelho custa em média de R$ 30 a R$ 40 mil, sendo que a autoescola tem que pagar uma mensalidade de R$ 1,7 mil a R$ 2,5 mil dependendo o número de aulas, além do pagamento do valor de R$ 7,9 por hora/aula, o que ainda gera muita resistência por parte das empresas.
O proprietário da Autoescola Líder e Pioneira, Rodrigo Barbosa, conta que foi pego de surpresa pela medida do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). “Estávamos tranquilos, pois pensávamos que a lei não entraria em vigor. Ainda temos esperanças de que prorroguem o prazo ou cancelem. Esperaremos até no máximo semana que vem, se nada mudar vamos comprar e nos adequar. Quem encaminhar o pedido da carteira até o dia 30 de junho não precisará das aulas no simulador”, afirma.
Desde que a medida foi estabelecida vem gerando polêmica em todo Brasil, pois se questiona a sua eficiência e valor. “Tivemos uma reunião no sábado com o sindicato, onde foi sugerido que ao invés de fazer as cinco aulas no simulador, sejam acrescidas cinco aulas no próprio veículo. O valor seria mais baixo para a empresa e para o aluno, além de agregar maior experiência, por que não tem como comparar dirigir um simulador com a direção em um carro real”, destaca Barbosa.
A exigência é de que o aluno faça pelo menos cinco aulas, de 30 minutos, com o equipamento. Em Videira, nenhuma autoescola adquiriu ainda o equipamento e visando driblar seu o alto custo, elas pretendem comprar em sociedade o equipamento e usar em conjunto. “Temos receio que esta lei caia e depois não teremos o que fazer com o equipamento, que tem um alto valor e gerará muito prejuízo para todos”, finaliza Barbosa.
CONTROLE DE FREQUÊNCIA
O controle de presença nas aulas é feito por biometria e uma câmera filma tudo o que o aluno faz. Os dados são enviados para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e ficam armazenados por cinco anos. O uso do simulador deveria ter começado em junho de 2013, mas, na época, donos de autoescolas alegaram que não tinham como se adaptar a tempo.
Outra questão levantada pelos empresários é a de como o sistema de aula por simulador vai funcionar em locais onde a Internet não tem boa conexão. Pois esta fragilidade digital dificultará a utilização do equipamento, que é ativado através da biometria. O aluno chegará a sala de aula, colocará o seu dedo no leitor, onde é tirada a impressão digital, após identificado os dados são transmitidos em tempo real, mostrando que o aluno está fazendo aquela aula. Se a Internet não for boa, acarretará em problemas e demora na transmissão.
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) afirma que a medida serve para melhorar o aprendizado dos futuros motoristas. Caso a pessoa apresente mais dificuldade em algum trecho, por exemplo, noite, chuva ou neblina, terá a possibilidade de refazer a aula, assistir sua aula depois e treinar no aparelho. O simulador de direção veicular deve ser instalado nas dependências do Centro de Formação de Condutores, em sala específica para esse fim, com área mínima de 15 metros quadrados. Em uma mesma sala, poderão ser instalados até três simuladores.
ESTUDO
Segundo estudos realizados pelo National Center Injury, instituto do Governo Americano que realiza pesquisa com simuladores, o uso do equipamento na formação de condutores pode reduzir pela metade o número de acidentes envolvendo motoristas recém-formados.
Via Folha Diário
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