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Conversões de veículos para GNV atingem recorde. Afinal, compensa?

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Conversões de veículos para GNV atingem recorde. Afinal, compensa?


conversoes-veiculos-gnv-atingem-recorde-afinal-compensaA procura por conversões de veículos para GNV (Gás Natural Veicular) tem aumentado a cada mês. Com preços dos combustíveis líquidos elevados, a opção pelo kit gás registrou um novo recorde em abril no Estado de São Paulo, com 711 conversões. Trata-se do maior índice em cinco anos.

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) registrou também número considerável de conversões em março, com 675 veículos modificados. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano foram 2.340 conversões frente as 1.137 feitas em período igual do ano passado, uma alta de 107%.

De acordo com a Companhia, a economia para quem usa o GNV, que chega a 54% em relação à gasolina e 55% na comparação com o etanol, é o principal atrativo. A média gasta por quilômetro rodado com o GNV é de R$ 0,16, enquanto que com o etanol chega a R$ 0,28 e R$ 0,36 com gasolina.

Na prática, com R$ 30, quem roda opta pelo GNV consegue percorrer 184 km, enquanto com gasolina esse mesmo valor percorrer 84 km e com etanol apenas 76 km. Essa é a conta que muitos motoristas vêm fazendo, que vem descobrindo que o GNV proporciona um rendimento muito maior por quilômetro rodado”, explica o gerente de Marketing Industrial e de Transportes da Comgás, Ricardo Vallejo.

Comportamento
Antes muito procurada por taxistas e frotistas, a busca por conversões começa a ser dividida por consumidores. Uma opção, de acordo com a Comgás, que tem sido a saída para gastar menos principalmente para quem roda mais de 50 quilômetros por dia.

“O GNV também é um bom investimento para quem roda cerca de 1.500 km/mês. Essa quilometragem equivale basicamente ao trajeto de ir para o trabalho, buscar os filhos na escola e ir ao supermercado, ou seja, tarefas diárias”, explica Vallejo.

Historicamente, o GNV sempre registrou pelo menos 40% de economia em relação aos demais combustíveis líquidos. “Qualquer pessoa que converter o seu carro só vai deixar de ter economia com o GNV se trocar de carro e não transferir o equipamento para o novo veículo, pois ele sempre garantirá uma economia considerável mensalmente”, completa Vallejo.

Vantagens e desvantagens
Converter o carro para GNV é, na primeira impressão, uma escolha acertada para quem está à procura de economia. No entanto, existem também desvantagens nessa escolha.

Para fazer a conversão, o condutor vai desembolsar cerca de R$ 4 mil. O investimento, segundo a Comgás, é revertido pela economia mensal. Quem roda 1,5 mil km por mês terá o retorno do montante investido em um ano. No entanto, o motorista pode ter de desembolsar um dinheiro extra com a manutenção. O uso do sistema alternativo tem provocado problemas como desgaste da bateria, no alternador e motor de partida, além do consumo excessivo de água no radiador.

Se o motorista utilizar o Kit GNV Geração 5, que é eletrônico, a perda de performance do carro é atenuada – chega a 3%.

Esse kit mais moderno também teria eliminado problemas como o ressecamento de mangueiras e a necessidade de substituir velas com mais frequência. Além disso, a partida é feita pelo combustível original, o que garante que o motor atinja a temperatura ideal para o gás entrar em operação. Sistemas mais antigos forçam o cabeçote e reduzem pela metade a vida útil do motor.

Outro fator importante na hora da conversão é procurar oficinas certificadas pelo Inmetro. Desde 2007, instaladoras de GNV são certificadas para atenderem aos critérios de segurança, qualidade e padronização. A certificação é realizada pelo Centro de Tecnologias do Gás, consórcio entre o Senai e a Petrobras.

A Comgás tem uma de rede de 264 postos com a opção do GNV em sua área de concessão (Grande São Paulo, Campinas e região, Vale do Paraíba e Baixada Santista). Somente no município de São Paulo são aproximadamente 150 postos. Existe um aplicativo para celular (IOS e Android) que permite encontrar o posto mais próximo de GNV, bem como calcular a economia em relação a outros combustíveis.

Áreas inativas
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) assinou oito contratos de concessão para atividades de reabilitação e produção de petróleo e gás natural em áreas inativas. As áreas foram licitadas no dia 10 de dezembro de 2015, na 13ª Rodada de Licitações – Etapa de Acumulações Marginais.

Os contratos assinados foram relativos às áreas de São João, Alto Alegre, Iraí, Bela Vista, Riacho Sesmaria, Paramirim do Vencimento, Lagoa do Doutor e Barra Bonita. Os bônus de assinatura dos oito contratos totalizaram R$ 3.965.201,00.

Confira abaixo os dados de cada área: 

Bacia Área Inativa Área do Bloco (Km²) Empresa vencedora e signatária Bônus (R$)
Barreirinhas São João 5,75 Oeste de Canoas (100%) 227.300,00
Espírito Santo Lagoa do Doutor 3,23 Vipetro (100%) 101.500,00
Paraná Barra Bonita 14,59 EPG Brasil (100%) 2.577.700,00
Potiguar Alto Alegre 5,32 Perícia (100%) 67.750,00
Recôncavo Bela Vista 2,13 Imetame (100%) 260.000,00
Recôncavo Riacho Sesmaria 1,96 Engepet (100%) 267.750,00
Recôncavo Paramirim Vencimento 3,42 Newo (100%) 251.700,00
Tucano Sul Iraí 12,26 Bildung (100%) 211.501,00

Fonte: Radar Nacional

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