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Exame toxicológico vai reduzir acidentes, tráfico de drogas e concorrência desleal

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Exame toxicológico vai reduzir acidentes, tráfico de drogas e concorrência desleal


Depois de sucessivos adiamentos, agora não tem mais saída a partir de 02 de março os motoristas profissionais que tiverem que renovar as carteiras das categorias C, D e E, serão obrigados a fazer o exame toxicológico de larga janela, conhecido popularmente como teste do cabelo. Esse exame permite detectar, com a coleta de pequena quantidade de cabelo, pelo ou unha, se o condutor fez uso de drogas nos últimos 90 dias. Além do exame na renovação da CNH, os motoristas também farão o exame na admissão e desligamento da empresa. Com isso quem usa rebite, cocaína e outras drogas, será flagrado e não poderá exercer a profissão, ao menos por 90 dias.

A expectativa é que o exame também contribua para diminuir o tráfico de drogas, já que muitos caminhoneiros se tornam dependentes e passam a pagar suas dívidas com transporte de drogas. Isso explica o aumento das apreensões das polícias rodoviárias de grandes quantidades de drogas em carretas.

Nos EUA as maiores empresas de transporte passaram a usar esse exame e reduziram a zero os motoristas que utilizam drogas no seu plantel. A J.B. Hunt, uma das 10 maiores transportadoras do mundo, realizou mais de 80 mil exames deste tipo nos últimos 5 anos. Esse tipo de teste, além de contribuir para a redução dos acidentes, vai ajudar a combater a concorrência desleal, afinal, quem não usa drogas para se manter acordado, perde oportunidades de frete. Isso vale para caminhoneiros autônomos como empresas de transporte. Quem respeita a jornada do motorista e não exige viagens absurdas também é prejudicado por empresas que exploram seus motoristas, mesmo sabendo que vão ter que recorrer ao rebite e até cocaína.

Por outro lado, a exigência do exame vai estimular a busca de tratamento dos motoristas que já são dependentes. Algumas coletas recentes feitas com motoristas que transportam produtos perecíveis já detectou que cerca de 30% a 40% dos examinados já são dependentes de cocaína, ou seja, viciados que somente tem condições de recuperação com tratamento e, na maioria dos casos, internação. Por isso que em algumas clínicas já são encontrados cada vez mais motoristas profissionais. Muitas famílias de motoristas estão hoje vivendo uma situação de desespero e esse tipo de exame pode colaborar para estimular motoristas como o do vídeo, a buscarem tratamento e não colocarem mais sua vida e de terceiros em risco.

Fonte: Estradas.com.br


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