212016jun

Lei Seca: Brasileiros estão mais conscientes, indica pesquisa

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Lei Seca: Brasileiros estão mais conscientes, indica pesquisa


lei-seca-brasileiros-estao-mais-conscientes-indica-pesquisaPesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que motoristas brasileiros estão mais conscientes dos riscos de assumir a direção depois de consumir bebida alcoólica. Com o endurecimento da Lei Seca, em 2012, o percentual de motoristas que ainda desafiam as normas caiu 21,5 pontos.

Os homens que continuam assumindo as infrações representam 9,8% dos respondentes, contra 1,8% das mulheres. Apesar disso, menos homens têm assumido os riscos da mistura álcool/direção: a queda foi de 22,2%, entre 2012 e 2015, na população masculina.

Na análise entre as capitais brasileiras, quatro tiveram queda superior a 50% nos últimos três anos: Fortaleza (54,1%), Maceió (53,2%), João Pessoa (51,4%) e Vitória (50,7%). Algumas capitais, contudo, apresentaram aumento do número de adultos que referiram assumir o volante após consumir qualquer quantidade de álcool: Cuiabá e Boa Vista apresentaram alta de 15,8% e 13,2%, respectivamente, desde 2012.

Florianópolis, Palmas e Cuiabá são as cidades que mais concentram motoristas que abusam na combinação álcool e direção com 13, 11,9 e 11,7 pontos percentuais, respectivamente. Mesmo com os índices mais altos, o contingente populacional que bebe dirige reduziu 18,2% em Florianópolis e 19% em Palmas.

Já Recife, Maceió e Vitória seguem na contramão, com alta de 2,6%, 2,9% e 3,2%, na sequência. “É cada vez mais notória a importância da Lei Seca em inibir a população brasileira de se arriscar na mistura do álcool com o volante. Agora temos que continuar nessa batalha, principalmente entre os jovens de 25 a 34 anos, que apresentaram o maior índice da infração entre todas as faixas etárias pesquisadas”, declarou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Perfil
Pesquisa feita em 2015 apontou que 8,5% da população entre 25 e 34 anos admitiram beber e dirigir, número dois vezes superior ao registrado na população entre 18 e 24 anos e quatro vezes maior que o indicado em homens e mulheres de 65 anos ou mais. A pesquisa aponta ainda que quanto maior o grau de escolaridade, mais as pessoas se arriscam.

As informações constam da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015) que realizou mais de 54 mil entrevistas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde. Os dados são coletados e analisados por meio de uma parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP).

VIII anos
A Lei Seca completa neste ano seu oitavo aniversário. Além de mudar os hábitos dos brasileiros, trouxe mais rigor ao cidadão que assume riscos ao volante. Com o passar dos anos foi transformada e ganhou mais rigidez. Hoje, condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito está sujeito a multa no valor de R$ 1.915,40 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado.

“Precisamos avançar no marco regulatório do álcool, da mesma forma que estamos fazendo em relação ao tabaco. É necessário proteger vidas”, destaca a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.

Acidentes
Depois de entrar em vigor, a Lei Seca ajudou a reduzir os índices de acidentes, mesmo com o expressivo aumento da frota nacional no período. Em 2008, ano em que a lei foi promulgada, eram 6,92 óbitos por 10 mil veículos. Já em 2014 o índice caiu para 4,99 mortes.

A Polícia Rodoviária Federal calcula que o número de óbitos nas rodovias federais atingiu no ano passado patamar similar ao de 2012, com 479 e 485 vítimas, respectivamente.

Algumas regiões têm se destacado no cenário nacional sobre  conscientização relacionada à Lei Seca, como o Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, o Rio de Janeiro já fiscalizou mais de dois milhões de condutores.

Fonte: Radar Nacional

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