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Mortes no trânsito caem 21% na cidade de São Paulo; Estado tem queda de 8%

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Mortes no trânsito caem 21% na cidade de São Paulo; Estado tem queda de 8%


A cidade de São Paulo registrou queda de 21% no total de mortes em decorrência de acidentes de trânsito na comparação entre o primeiro semestre deste ano e os seis primeiros meses de 2015.
Levantamento feito pela Folha a partir de dados divulgados pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) mostra que, em 2015, a capital havia tido 599 mortes até o fim do mês de junho; em 2016, foram 476 vítimas fatais.
A redução é bem mais expressiva do que no Estado como um todo, em que a queda no número de mortes foi de 8%, passando de 3.094 no primeiro semestre de 2015 para 2.861 neste ano.
Pedestres e motociclistas continuam a ser as categorias mais vulneráveis no trânsito paulistano. Foram 182 mortes de pedestres (38%) e 155 de motociclistas (33%). Houve ainda 70 ocupantes de autom[oveis que perderam suas vidas no trânsito (15%) e 12 ciclistas (0,03%).
Há cerca de 50 casos em que o Estado não conseguiu identificar o perfil das vítimas – os dados do Infosiga têm como base as informações disponíveis nos boletins de ocorrência da Polícia Civil.
Dos 476 mortos na cidade de São Paulo, 380 eram homens, aproximadamente 80% do total. Pouco mais de um quarto das vítimas fatais, 129 homens e mulheres, tinha entre 18 e 29 anos.
Especialistas consideram a desaceleração da economia do país como um fator que contrubui para reduzir os acidentes. Com a crise, o número de entregas diminui, desempregados passam a não usar o veículo e quem deseja economizar deixa o carro em casa.

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Para José Aurélio Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, for determinante para o melhor resultado na capital paulista a redução dos limites de velocidade máxima, medida da gestão Fernando Haddad (PT) que ganhou força a partir do ano passado.
“Com velocidade menor, há menos acidentes. Mesmo quando ocorrem, têm menos risco de serem letais. Além disso, a cidade tem fiscalização de infrações que causam acidentes muito superior ao que ocorre em municípios do interior”, afirma Ramalho.
O pesquisador pondera, no entanto, que os dados só podem ser confirmados em dois anos, com a publicação das estatísticas do SUS sobre mortes no trânsito.

Cidades – Modelo?

Ao lançar o Infosiga, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também assinou convênios com 15 municípios de diversos portes, que receberiam um investimento total de R$ 10,5 milhões para servirem de modelo em iniciativas de segurança no trânsito.
O grupo de cidades, comporto por Amparo, Atibaia, Barretos, Catanduva, Fernandópolis, Itanhaém, Jacareí, Piedade, Praia Grande, Registro, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, São Roque e Sorocaba, teve redução de 11% no número de mortes: de 304 para 270.
Apesar de o dado global ser positivo e estar em cima da queda média do Estado, o número de vítimas fatais aumentou em cinco dessas cidades, incluindo Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, e manteve-se igual em outras duas – Amparo e Atibaia.
Tanto o governo do Estado quanto a prefeitura têm trabalhado para cumprir a meta da ONU de reduzir pela metade o número de mortes no trânsito até o ano de 2020.

Fonte: Folha

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