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Película transparente reduz risco no trânsito

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Película transparente reduz risco no trânsito

Levantamento do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) mostra que ultrapassar o limite de velocidade da via foi a infração mais frequente em 2014 e que provocou cerca de 3 milhões de multas só no estado de São Paulo.

O oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do trânsito e membro da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) afirma que o alto número de motoristas multados está relacionado não só à imprudência, como também ao uso de película muito escura nos vidros do carro. “Diversos estudos demonstram que no escuro perdemos a noção de velocidade. Além disso, o problema é que de acordo com uma estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), trafegar 5% acima da velocidade permitida aumenta em 20% a chance de acidente grave”, explica o médico.

A boa notícia é que um novo tipo de película transparente pode ser aplicada no vidro dianteiro do carro sem prejudicar o conforto e a saúde. Isso porque reduz a absorção de calor, evita danos no interior do carro e filtra a radiação UV (Ultravioleta) que aumenta o risco de surgir doenças oculares como catarata, pterígio, ceratite e degeneração macular.

Visibilidade
Queiroz Neto ressalta que cerca de 50% dos motoristas precisam usar lentes com grau para corrigir vícios refrativos (miopia, hipermetropia,astigmatismo) ou já têm algum grau de catarata. “Estas alterações visuais diminuem o reflexo, a rapidez de leitura, a percepção de profundidade, contraste e visão de cores”, afirma. Quanto mais escura a película, maior o prejuízo dessas funções. Por isso, ele acredita que a nova película reduz o risco de acidente para este grupo, embora a legislação permita transmissão luminosa de 75% nos vidros dianteiros incolores e de 75% nos coloridos.

Dicas
O especialista explica que na luz do dia são as células da retina conhecidas como cones que respondem pela visão de cores e detalhes. Conforme escurece são os bastonetes, células sensíveis à luz, que passam a responder pela formação das imagens. Esta transição faz com que no entardecer os míopes percam até 25% da acuidade visual e quem tem astigmatismo ou catarata sinta mais ofuscamento.

As dicas elencadas pelo médico para manter a boa visibilidade no final da tarde são:

– Usar lentes amarelas para reduzir o ofuscamento e melhorar a visão de contraste.

– Na neblina acender o farol baixo e ficar atento ao velocímetro.

– Ligar o ar condicionado para desembaçar o vidro dianteiro.

– Manter os faróis e vidros limpos.

– Utilizar lágrima artificial caso sinta os olhos ressecados.

Portal do Trânsito

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