Preço atrativo dos aplicativos de transporte urbano conquistam consumidores
Preço atrativo dos aplicativos de transporte urbano conquistam consumidores
Entre os que aderiram às plataformas estão usuários de transporte público, que optaram por se locomover com mais comodidade sem pesar no orçamento.
A tecnologia chegou para ficar e as pessoas estão cada vez mais conectadas. Aplicativos como Uber, WillGo, Cabify, Televo e EasyGo, por exemplo, criaram um modelo de negócio inovador e passaram a concorrer pelo passageiro com serviços e empresas líderes no segmento há muitas décadas. Basta um click em um dos ícones na tela do smartphone e essas plataformas conectam consumidores diretamente a prestadores de serviços, que geralmente cobram preços mais baixos, mas que fazem parte de um universo milionário. Com valor de mercado estimado entre 62,5 e 64,6 bilhões de dólares e apenas sete anos de existência, o Uber vale hoje mais do que gigantes como a química Dow (avaliada em 60 bilhões de dólares), a GM (55,7 bilhões de dólares), a Ford (55,4 bilhões de dólares) e a Time Warner (55,2 bilhões de dólares). Atenta a essas revoluções que se apresentam cada vez mais rapidamente, a Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito, buscou informações sobre essas inovações que estão causando grandes mudanças de comportamento quando o assunto é transporte urbano.
Para Antônio de Veiga, consultor em mobilidade urbana, a ascensão dos aplicativos como o Uber não está relacionada a uma transformação no comportamento dos brasileiros no que diz respeito ao uso racional do automóvel, a preocupações com o trânsito ou à sustentabilidade, por exemplo. “Ainda estamos gatinhando quanto à conscientização do uso de novos modais de mobilidade”, diz Veiga. Na opinião dele, o que conquistou os consumidores, em geral, foram as vantagens em relação às companhias de táxi, por exemplo, tais como o valor da tarifa cobrada (mais barata), a conduta do motorista (que é mais preparado para lidar com o público), a rapidez superior no atendimento, e o estado de conservação do veículo (são mais confortáveis, possuem ar condicionado e a limpeza é ótima).Mas, quem oferece o serviço aos que solicitam nos moldes “mais ultrapassados”, como fazendo sinal na rua ou uma ligação, não está fadado a desaparecer, pelo menos a curto e médio prazos. De acordo com Veiga, apesar do crescimento dos serviços contratados pelos consumidores via mobile, as companhias de táxi ainda têm um público cativo. Isso porque, algumas pessoas têm dificuldade para utilizar as ferramentas tecnológicas e não têm o conhecimento necessário para usufruir dos benefícios oferecidos por essas plataformas.
“O táxi continuará a ser uma opção, mas o mercado obrigará que essas empresas apresentem suas devidas modernizações”, afirma o consultor.
A analista de comunicação Mariana Pivatto, usa os aplicativos para ir ao trabalho diariamente. Ela é uma das usuárias das plataformas que trocou o transporte coletivo por uma espécie de “motorista particular” a preço acessível. Para ela, essas empresas mudaram para melhor a mobilidade urbana e conquistaram, principalmente, o público que andava de ônibus – o qual considera ser o maior concorrente das plataformas de transporte via mobile. “Baixei vários aplicativos de transporte, incluindo os de táxi e carona, e busco as promoções e os créditos disponíveis”, destaca Mariana. Ela acrescenta que o Cabify possui carros melhores, por exemplo, mas é um pouco mais caro. “Como faço um trajeto curto, a qualidade do automóvel acaba não sendo um diferencial competitivo e meu critério acaba sendo sempre o preço.”
Para Mariana, os aplicativos vieram para ficar. “Conheço várias pessoas que, como eu, utilizam as plataformas diariamente, inclusive que tinham carro e venderam porque passaram a usar os aplicativos. Eu tinha intenção de comprar um carro, mas mudei ideia, pois hoje tenho a comodidade de um sem arcar com os gastos ”, ressalta.
Emprego alternativo ou meio de subsistência
A chegada de empresas como o Uber mudou também as relações de trabalho e permitiu ao trabalhador se dedicar em tempo integral ao transporte autônomo de passageiros ou atuar como motorista apenas nas horas vagas, para complementar a renda. A única exigência é que ele seja cadastrado na plataforma e que faça pelo menos uma corrida por mês para manter o cadastro ativo. Quanto mais os motoristas se dedicarem ao ofício, mais remunerados serão. Além disso, o pagamento é feito semanalmente e os valores são depositados automaticamente.
Muitos desempregados no Brasil acabaram enxergando na plataforma a única fonte de renda e trabalhando em tempo integral. É o caso de Felipe Ambrósio, que atua como motorista do Uber há um ano. Ele é publicitário e atuava no setor de vendas. Começou a se dedicar a atividade de motorista quando ficou desempregado e a fonte alternativa se transformou em sua única renda. “Sei que não vou ficar rico, mas consigo pagar minhas contas. Para quem tem o carro quitado, é uma atividade rentável e dá para sobreviver”, explica Ambrósio, que faz, em média, 80 corridas por semana.
As informações são da Assessoria de Imprensa.
Fonte: Portal do Trânsito
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