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Rodas de liga-leve podem ser reparadas

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Rodas de liga-leve podem ser reparadas

Buracos na via e falta de cuidado na hora de estacionar são as principais causas de danos às rodas do veículo. Se a peça for de aço e o estrago muito grave, é vantajoso comprar uma nova, pois o preço médio é de R$ 100. Mas nas de liga leve, que podem custar mais de R$ 5 mil cada, o conserto costuma valer a pena. Tirar pequenos ralados, por exemplo, parte de R$ 90 nas oficinas consultadas.

“Se o conserto for somente por questão estética ou para retirar pequenas deformações, não há problema”, afirma o diretor da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), Francisco Satkunas.

Danos com mais de 5 mm de extensão devem ser analisados com cuidado. A descoberta de trincas condenará a peça.

“Rodas com rachadura são tão perigosas quanto uma falha no freio, pois podem fazer o motorista perder o controle do carro”, diz o especialista.

Em componentes com defeito também pode haver perda de ar do pneu. Outra providência importante é fazer o balanceamento e o alinhamento da direção após o conserto.

Amassados internos são difíceis de serem identificados, mas, em geral, têm conserto. Um dos sinais que indica que algo está errado na parte interna é a trepidação do volante.

Reparar ralados em rodas de 15” parte de R$ 110, com pintura, na Polichek (5531-8600), oficina na zona sul. Na Della Via (2333-3235), são R$ 90, mas, se for preciso pintar a peça, o preço sobe para R$ 230.

Modelos novos de 13” partem de R$ 188 na Colonial (2173-5600), na zona sul. E os de 22” custam até R$ 5.280.

RODAS MAIORES

Além de comprometer o conforto a bordo, usar rodas com diâmetro maior que o especificado no manual do proprietário do carro pode causar danos a outros componentes e até prejudicar a dirigibilidade.

À medida que a roda “cresce”, a altura do pneu deve diminuir, prejudicando o trabalho do sistema de suspensão.

Com isso, em curvas, principalmente se o carro estiver carregado, há risco de o pneu encostar no para-lama, podendo até ser cortado e estourar.

Outro senão é a sensação de perda de potência, pois a transmissão tem de trabalhar mais para virar o conjunto “maior”. Além disso, haverá aumento do consumo de combustível e das emissões de poluentes.

“O carro foi projetado para usar rodas de um determinado diâmetro, e a leitura da velocidade é feita a partir da rotação delas. Se forem maiores, o velocímetro registrará uma velocidade menor que a real”, explica Satkunas, da SAE.

Quando as montadoras oferecem opções maiores que as das versões de entrada, fazem ajustes para compensar a diferença. Uma solução bastante comum é a utilização de pneus com perfil mais baixo.

Estadão

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