Romário pede que Denatran explique falta de acessibilidade em exames de direção
Romário pede que Denatran explique falta de acessibilidade em exames de direção
O deputado federal Romário aderiu à campanha “DETRAN Sem Libras = Surdos Sem Acessibilidade”. O movimento começou em Sorocaba (SP) pelo educador e interprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) Alexandre Henrique Elias e exige um intérprete de Libras ou meios de adaptação que permitam a acessibilidade às pessoas com deficiência auditiva nas provas do Detran.
O parlamentar garante que vai questionar oficialmente o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) sobre o porquê da Lei de Acessibilidade não está sendo cumprida. “O Decreto nº 5.626/2005 estabelece que o Poder Público em geral deverá garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras realizadas por servidores e empregados capacitados para essa função. O questionamento também fica para os Detrans de todo o Brasil: Por que a Lei não está sendo cumprida?”, escreveu o deputado em sua rede social.
De acordo com o educador Elias, muitos surdos já passaram pela agressão social em autoescolas e avaliações do Detran, sendo privados de um intérprete em Libras que lhe transmita significado das questões aplicadas ou provas adaptadas que facilitem sua compreensão.
Algumas iniciativas de acessibilidade já foram iniciadas. Em Brasília, por exemplo, o exame é aplicado em formato eletrônico. “Ou seja, dá para promover acessibilidade, o que vemos é descaso. Para vocês terem noção, o Cássio de Sorocaba já foi reprovado 5 vezes no teste, ele precisa pagar R$ 170,00 a cada nova remarcação do exame”, exemplifica o deputado.
Libras – A Língua Brasileira de Sinais não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, reconhecida por lei, com gramática própria. Deficientes auditivos alfabetizados em Libras, nem sempre têm total compreensão da língua portuguesa e sua complexa estrutura gramatical.
Romário aconselhou os deficientes auditivos a procurarem o Ministério Público de seus estados ou municípios toda vez que se sentirem lesados no seu direito.
Via Romario
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