Transporte – Pedágio, água e passagem de ônibus de longa distância ficam mais caros a partir de hoje
Transporte – Pedágio, água e passagem de ônibus de longa distância ficam mais caros a partir de hoje
O começo de julho vai mexer com o bolso dos consumidores de Sorocaba e região. Os pedágios ficam mais caros a partir de hoje, além da tarifa de água e esgoto e daspassagens no transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros. A tarifa do praça da rodovia Senador José Ermírio Moraes (Castelinho), localizado na cidade, foi uma das que tiveram maior reajuste, com um aumento de 8% – o índice médio no Estado de São Paulo foi de 5,29%. Os novos preços devem encarecer o transporte de cargas e a indústria, devendo ser repassado para os demais produtos, como os alimentos, afirma economista.
Com o reajuste nas tarifas de pedágio no Estado de São Paulo, o sorocabano que vai à capital pelas rodovias Castelo Branco ou Raposo Tavares, ambas sob concessão da CCR Viaoeste, deve gastar de R$ 0,80 a R$ 1,80 por eixo. Pela Castelo Branco, utilizando a Castelinho, a soma das cinco praças de pedágio de ida e volta, até ontem, custava R$ 27,20. Agora, quem sai de Sorocaba para ir a São Paulo, e volta pelo mesmo caminho, paga R$ 29,00, o que representa 6,61% de acréscimo.
Já quem vai a SP pela rodovia Raposo Tavares deve pagar, a partir de hoje, R$ 14,60. Um custo de R$ 0,80, ou seja, 5,79% a mais sobre o valor antigo, de R$ 13,80. Na mesma via, o percurso de ida e volta entre Araçoiaba da Serra e Sorocaba fica 6,67% mais caro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20.
O pedágio com o maior reajuste em toda a região foi o localizado na rodovia Senador José Ermírio de Moraes, utilizado para chegar em Sorocaba. A tarifa nesta praça custava R$ 5, valor que passou hoje a R$ 5,40, um acréscimo de 8%.
Um ano sem reajuste
A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que definiu o reajuste nos pedágios, informa a média de aumento de 5,29% no Estado é inferior à inflação acumulada em 2013 e 2014. De acordo com o órgão, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 6,5% e, em 2014, mais 6,37%, o que resulta em uma inflação acumulada de 13,29%. Assim, acrescenta, o índice de reajuste das tarifas definido é 40% inferior à inflação do biênio.
Para o economista e delegado do Conselho Regional de Economia (Corecon), em Sorocaba, Sidney Benedito de Oliveira, apesar de o reajuste estar abaixo da inflação, gera impactos sobre os preços. Isso porque o aumento em tarifas como o pedágio tem como consequência novos reajustes de preços. “Como a matriz de transporte no Brasil é a rodoviária, o aumento nos pedágios acaba encarecendo o transporte das mercadorias em geral”, explica.
Assim, ele destaca, o aumento do pedágio é consequência da inflação, mas acaba impactando novamente em aumento de preços. “O pedágio aumenta por causa da inflação, porque tem que fazer reposições salariais e, para isso, tem de repassar para os consumidores”, diz. E, ao repassar esse aumento, acrescenta Oliveira, ocorre também o reajuste no preço dos transportes de cargas, o que encarece os produtos. “Você entra em um círculo vicioso, que cria uma espiral que vai alimentando os níveis de preços”, complementa o economista.
Preço do frete
O reajuste no preço do frete é confirmado pelo vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Sorocaba e Região (Setcarso), Dirson Segamarchi Júnior. Segundo ele, o aumento no preço do frete deve ser de, pelo menos, 50% do reajuste do pedágio. “Se subir 6%, pode chegar a 3% de aumento”, conta. Ele reclama, contudo, que o Governo de São Paulo havia se comprometido a não aumentar os custos sobre o transporte rodoviário, que já havia arcado com os custos da obrigação de se pagar pelo eixo suspenso dos caminhões vazios. De acordo com ele, isso não era feito anteriormente. “Em 1º de julho de 2013, passou a cobrar também pelo eixo suspenso do caminhão vazio, então disseram que não ia ter reposição”, lamenta, acrescentando que isso gerou um custo de 25% a 35% para o setor.
Via Cruzeiro do Sul
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